Meus Versos não são Claros

 

Meus versos caminham soltos,

Sempre mal dormidos,

Por figuras vigilantes e espertinas,

No azul profundo, quase negro,

Dos abismos intratáveis da madrugada,

Para sempre morrerem felizes,

Em afirmações trágicas

Que se evaporam às seis da manhã.

 

Não dormem, nem acordam,

Simplesmente me enlouquecem,

Gota a gota do orvalho,

Com a angústia envenenada pela insônia

Que lentamente se desfaz em doses brancas,

Para simplesmente morrerem felizes,

Em afirmações trágicas,

Que se evaporam às seis da manhã.

 

Ijuí, junho de 2013.