Questão de (Des)Ordem

 

A alguns cadáveres democráticos que ainda não sabem que estão mortos, pois nunca foram.

 

 

Dobrado sobre mim mesmo,

Em minha transitória singularidade,

Mas coerente em minha disposição,

Corro, permanentemente,

Em minhas assimetrias,

Para contornar o destino,

De tudo o que acontece no escuro.

Em meio a solilóquios desencontrados,

Vejo tempos em excesso,

Em que não ocorre o que deveria ocorrer.

 

 

Ijuí, junho de 2013.